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NOTA EM DEFESA DA LEGÍTIMA MANIFESTAÇÃO DOS ESTUDANTES CONTRÁRIOS A ADESÃO DA UFMG AO ENEM NESSE ANO


Setores ligados ao governo e infiltrados no movimento estudantil vem tentando justificar a adesão da UFMG ao ENEM no ultimo dia 05 de Maio dizendo que esse é mais um passo em direção a uma universidade pública, gratuita, de qualidade e para todos. Com esse argumento, esses verdadeiros funcionários do governo, nesse mesmo dia, manipularam cerca de cem estudantes que foram levados para a porta da reitoria para a montagem de uma verdadeira encenação que culminou na adesão da UFMG ao ENEM.

No entanto a grande massa estudantil composta de trabalhadores ou filhos destes, que vêm se preparando e gastando parte considerável da sua renda familiar para passar no vestibular da UFMG, que vinha pagando cursinho, que havia comprado os livros exigidos pela universidade e se dedicando a estudar para ter as chances que têm os filhos da elite de passar no antigo e excludente modelo de seleção foi surpreendida e se revoltou com a decisão de última hora da universidade.

Indignados, no dia 11 de maio (terça-feira), 2000 estudantes de cursinhos e escolas públicas e privadas de Belo Horizonte, fizeram uma combativa manifestação no campus Pampulha da UFMG com a pauta unitária de ser contra a adesão da UFMG esse ano ao novo ENEM.

A manifestação foi legítima e os estudantes secundaristas fizeram uma irreverente mobilização: muitas palavras de ordem e animação marcaram o grande ato. Uma disposição de vencer bem diferente da “passeata” chapa branca pró-governo realizada para justificar a aprovação da adesão.

O reitor da UFMG Clélio Campolina, recebeu uma comissão de representantes dos estudantes e disse a eles que não era possível rever a posição tomada pois o prazo para mudanças no edital das provas já foi publicado e o prazo final para quaisquer mudanças terminou na última segunda-feira.

Vale lembrar que na própria universidade não houve debates com a comunidade acadêmica e o autoritarismo, muito presente nas ultimas gestões, vem sendo mantido por essa reitoria. Os pouquíssimos estudantes que sabiam dessa proposta quase secreta da UFMG, ou eram membros das congregações ou alguns integrantes da atual gestão “Outras palavras” do Diretório Central dos Estudantes – DCE-UFMG, verdadeiros agentes da reitoria e do governo.

Para finalizar, gostaríamos de chamar a atenção de todos sobre a “democratização” que supostamente o ENEM trás para a entrada nas universidades públicas federais dos estudantes oriundos das camadas populares. Gostaríamos de ressaltar duas questões a esse respeito: a primeira é que não podemos esquecer que as máfias dos cursinhos que servem hoje para "adestrar" estudantes para passar no injusto processo chamado vestibular, vão continuar existindo, mas agora com os chamados "Pré-ENEM" e os que tiverem condições de pagar os cursinhos mais caros e que forem melhor “adestrados”, continuarão sendo privilegiados no preenchimento das vagas. A segunda questão é que dados do próprio Ministério da Educação demonstram que em 2009 se inscreveram para o ENEM 4,5 milhões de candidatos no ENEM em todo país, no entanto como existem apenas 300 mil vagas nas universidades federais, ficaram de fora 4,2 milhões de estudantes que sonhavam com o ensino superior público, o que na nossa avaliação é o maior sintoma do caráter excludente do ENEM e do vestibular.

Portanto não se trata de mudar a forma da prova, que no final das contras apenas tenta mascarar o problema central. Vale lembrar que essa adesão da UFMG impôs aos estudantes oriundos de escolas públicas uma situação muito mais complicada, pois terá que pagar duas vezes para entrar na UFMG, uma para fazer o ENEM e outra para fazer a segunda etapa do vestibular interno.

Em um país rico como o Brasil, o que falta ao governo é dar prioridade para o povo e ao invés de destinar mais de 150 bilhões com pagamento de juros e amortizações da divida, ou privatizar a educação salvando os tubarões do ensino privado comprando vagas nas universidades privadas com o PROUNI, deve investir esses recursos para construir universidades por todo país, acabar com o vestibular e qualquer outro processo seletivo excludente e instituir o livre acesso a universidade pública. Esse sim é um enorme desafio que terá que ser enfrentado pelas classes trabalhadoras e sua juventude com muitas mobilização e luta.

Mais do que partidos, os que apoiaram a mobilização, foram representantes legítimos que honram a historia de luta e combatividade da UNE, da UBES e demais entidades dos estudantes. Essa situação apenas demonstrou novamente que é preciso combater e derrotar esses omissos e mentirosos “representantes” do governo no ME.



Belo Horizonte, 14 de maio de 2010.



Leonardo Pericles

Diretor de Universidades Públicas da União Nacional dos Estudantes UNE

Estudante da UFMG e Militante da União da Juventude Rebelião - UJR

Contato: 31 - 84982338



Gladson Reis

Presidente da Associação Metropolitana dos Estudantes Secundaristas da Grande Belo Horizonte AMES-BH

Diretor de Relações Internacionais da União Brasileira dos Estudantes Secundaristas UBES

Estudante do Estadual Central e Militante da União da Juventude Rebelião - UJR - Contato: 31 - 98732141
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Estudantes do CEFET-MG organizam chapa para a eleição do Grêmio

Insatisfeitos com a atual situação do Grêmio Livre Estudantil do CEFET-MG, mais de 100 estudantes de diversos cursos do CEFET-MG Campus I e II apoiados pela AMES-BH organizam a chapa "Algo a Dizer" para disputar as eleições e construir um grêmio de luta em sua escola.
Confira a baixo o texto:

Está se aproximando o dia da eleição para o grêmio estudantil do CEFET-MG, e logo os estudantes elegerão uma chapa para lutar pelos seus direitos.

O CEFET-MG tem história e necessita de um grêmio forte, que conheça os problemas dos estudantes, defenda seus interesses e organize eventos de entretenimento, lazer e integração entre os alunos. Diversos problemas são mais que visíveis e precisamos nos mobilizar em torno destas questões reais como a ausência de vários professores. A instituição necessita de um grêmio que ponha em prática suas propostas de candidatura.

Atualmente, muitos alunos, principalmente os “calouros”, desconhecem a existência de um grêmio estudantil no CEFET-MG. Assim como desconhecem a obrigação desse grêmio de opinar e interferir em assuntos relevantes que envolvam os alunos e a instituição, como a política educacional do governo e o meio-passe para todos os estudantes. Tais posturas não estão presentes na atual gestão do grêmio, cuja característica de maior irrelevância é a atitude, além de tudo não presta contas e o grêmio se quer tem um estatuto.

Você concorda com isso?

Nós da chapa “Algo a dizer” não concordamos e convidamos todos a participarem e apoiarem esse movimento, para juntos mudarmos essa situação!

Sabrina Santana, estudante de Turismo e Hebert Costa, estudante de Eletrônica do CEFET-MG.
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Nova Edição do Jornal do Grêmio do Estadual Central


O Grêmio Livre Estudantil da E.E. Gov. Milton Campos (Estadual Central) acabou de lançar uma nova edição de seu jornal informativo.

Nesta edição os estudantes poderão acompanhar a situação da luta pelo meio passe, as atividades culturais realizadas pelo grêmio, as posturas da direção da escola frente ao grêmio além de diversas atividades realizadas no ano passado.

Se você também quer que sua escola tenha um grêmio forte e atuante, procure a AMES-BH e saiba como.
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AMES BH realiza ato na Praça 7 - Prefeitura tenta impedir.

Aconteceu no dia 06 de Maio de 2010, na Praça 7 pela manhã, um ato público realizado pela AMES-BH, no qual foram utilizados som e panfletos para informar a população sobre a luta do Meio Passe. Essas atividades foram muito bem recebidas pela população, contando com a participação de pais e professores que deixaram seu manifesto de apoio. Porém, durante a mobilização, a prefeitura tentou impedir os estudantes, inclusive com agressões físicas e morais, de continuar um ato público, defendido por lei federal. Mas não obtiveram êxito, a panfletagem terminou após a distribuição de aproximadamente 4 mil panfletos.

O ato havia se iniciado com cerca de 10 estudantes fazendo a distribuição do material de campanha do Meio-Passe, quando 3 homens sem identificação e com rádios nas mãos nos abordaram e nos ordenaram parar a panfletagem, argumentando não termos alvará da prefeitura para tal atividade. Oras, quantos panfletos são distribuídos por toda Belo Horizonte sem concessão de alvará? Esses homens devem desconhecer que o direito à livre expressão e à manifestação, inclusive panfletagem, são atos públicos e políticos garantidos pela constituição federal. A nossa resposta foi continuar agindo.

Após algum tempo, esses homens voltaram acompanhados por fiscais da prefeitura e policiais militares e tentaram tomar a força os panfletos de nosso ato, ignorando uma lei federal da constituição brasileira. Esses indivíduos sem identificação, que pareciam mais agentes disfarçados da polícia, chegaram a agredir fisicamente e verbalmente uma estudante e um menor de idade que panfletavam. Mesmo assim a panfletagem não parou. Fomos ao som e denunciamos à população, que nessa hora já se aglomerava em nossa volta, a truculência da polícia militar, seus agentes disfarçados e “capangas azuis” da fiscalização. Inclusive, por diversas vezes, pedimos a identificação de um dos homens, o que agrediu a estudante Ana Gabriela, porém ele se referiu a nós com palavras chulas e agressivas, além de nos ignorar.
"Não estamos mais na ditadura militar, ela já acabou! A prefeitura não tem o direito de impedir os estudantes e os trabalhadores de se manifestar!". Essas foram as palavras de Leornardo Péricles, Diretor da UNE, ao microfone, enquanto a polícia e capangas, cercados pela população, não tinham mais o que fazer e abandonavam o local.



LEIA O PANFLETO - CLICK AQUI


Lei federal (
LEI No 5.250, DE 9 DE FEVEREIRO DE 1967.).