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ABAIXO O AUMENTO DAS PASSAGENS!


Recentemente toda a população de Belo Horizonte foi surpreendida por mais um aumento abusivo das passagens no transporte coletivo na capital e região metropolitana. O reajuste pegou toda a população de surpresa, pois neste período ocorrem as festividades de fim de ano onde todos estão afastados da rotina do transporte público e com isso, de seus reajustes. Isso é uma política organizada da máfia do transporte coletivo juntamente ao poder público, para evitar manifestações e protestos contra esses assaltos aos bolsos dos trabalhadores e jovens. Ou seja, querem que isso seja algo incontestável para os usuários.
O maior absurdo é a conciliação do poder publico com essa manobra, pois a PBH, BHTRANS e Câmara Municipal nem se quer se manifestaram em contestar o reajuste. Pelo contrário, abaixam a cabeça e aceitam de força bastante passiva. Vale lembrar que este aumento foi acima da inflação, o que o torna injustificável, pois até mesmo o velho argumento do preço do combustível antes usado pela máfia é contraditório observando a queda do valor dos barris de petróleo.
A maior contradição é se avaliarmos a questão custo/qualidade, pois o serviço prestado á população é caótico. Diariamente passamos por atrasos, ônibus super lotados e até mesmo ônibus em péssima qualidade com veículos velhos e quebrados. Tudo isso só nos mostra que o compromisso das empresas de ônibus é apenas com seu lucro e não com o usuário.
Mas isso ocorre principalmente pela omissão do poder publico, deixando a administração desse serviço publico fundamental na vida das cidades, nas mãos de empresas privadas que já demonstram a incapacidade de administrar esse serviço.
Recentemente, garantimos uma conquista histórica na capital, o meio passe estudantil. Essa conquista não se relaciona com o aumento das passagens. O poder público é tão defensivo em relação aos grandes tubarões do transporte, que nem ao menos contesta os seus lucros e tira uma parte da imensa quantia para a garantia e manutenção do meio passe.
Não podemos nos omitir com essa injustiça, é necessário ocupar as ruas contestando essa lógica do transporte público, exigindo o imediato congelamento dos preços das passagens e a estatização do transporte coletivo entendendo que transporte, é uma necessidade básica da população e que este não deve ficar não mãos de uma máfia que só pensa em aumentar suas riquezas.
            Por isso a AMES-BH convoca toda a população para que em fevereiro façamos uma grande jornada de lutas pela garantia do meio passe estudantil, a revisão e o congelamento das passagens.

Gladson Reis
Presidente da AMES-BH
Diretor da UBES (Oposição – Rebele-se)
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AMES-BH reúne com Secretário Municipal de Planejamento para discutir a regulamentação do Meio Passe


No dia 27 de dezembro de 2010, a AMES-BH teve uma reunião com o Secretário Municipal de Planejamento, Orçamento e Informação, Helvécio Miranda Magalhães Júnior e com o Vereador e líder de governo, Paulo Lamac para discutir sobre a regulamentação da Lei do Meio Passe, aprovada em 2º turno na Câmara Municipal dos Vereadores de Belo Horizonte no último 20 de dezembro.
Neste momento existem grandes preocupações em relação à regulamentação da lei e ao prazo para o prefeito sanciona-la.
Segundo o secretário, o prefeito deverá sancionar a lei ainda em janeiro. Porém, não podemos permitir que os estudantes fiquem de fora do processo de emissão e fiscalização do meio passe, deixando isso somente para os empresários, prefeitura e câmara que nos negaram este direito por mais de 25 anos.
Nossa reivindicação é clara. Meio Passe com a Carteira de Estudante da AMES-BH. Dessa forma os estudantes terão controle da emissão do meio passe juntamente à única entidade que sempre levou essa luta a sério até o fim.
Outra reivindicação é sobre a necessidade de ampliar os recursos do Fundo Municipal de Auxílio de Transporte Escolar (criado junto com a lei com finalidade de captar e gerenciar os recursos), pois isto determinará a quantidade de estudantes beneficiados com o meio passe.
O Secretário Municipal, Helvécio Magalhães, se comprometeu em retornar estas discussões à prefeitura para que depois de sancionado pelo prefeito, seja elaborada uma minuta para a instalação do conselho que será o responsável pela regulamentação da lei e sobre a participação da AMES-BH na emissão do meio passe. O secretário ainda reconheceu a legitimidade da luta feita pela AMES-BH e da conquista do meio passe além do compromisso da Prefeitura Municipal em buscar recursos junto ao Governo do Estado de Minas Gerais e ressaltou que o valor da tarifa do transporte público não será onerado pelo meio passe.
Mesmo com as grandes conquistas que obtivemos através da nossa mobilização, a luta ainda não acabou. Temos que garantir que o Fundo do Meio Passe tenha verba suficiente para que o meio passe seja para todos os estudantes, além de garantir a carteira da AMES-BH na emissão do meio passe como forma de acesso e controle do meio passe pelos estudantes.