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AMES-BH se reúne com Secretária Estadual de Educação



Na manhã de hoje, diretores da AMES-BH se reuniram com a Secretária de Estado de Educação, Ana Lúcia Gazzola. Essa é uma reivindicação da entidade desde que foi fundada, e só se concretizou após nove anos de existência, fruto de diversas lutas que demonstraram a força do movimento estudantil.
A reunião começou com a discussão sobre a reforma na grade curricular. Foram feitas diversas críticas à atual grade, que divide os estudantes por áreas e exclui matérias como física, geografia, história ou língua estrangeira. A Secretária disse que haverá discussões para a reformulação da grade curricular, inclusive dos temas que serão ensinados em cada matéria, e garantiu que os estudantes, através da AMES-BH, participarão desta construção.
O segundo ponto abordado foi a construção do Plano de Gestão Democrática. Neste momento, os estudantes apresentaram diversas situações de escolas onde há repressão e tentativa de calar a voz daqueles que procuram lutar por uma educação pública, gratuita e de qualidade através dos grêmios estudantis, e ressaltaram a importância da construção de grêmios em cada escola. Gazzola considerou importante a consulta para nomeação de diretores em um terço das escolas estaduais de Minas e disse concordar com a opinião apresentada pela AMES, propondo que a Secretaria apoie a universalização dos grêmios e crie um conselho com estudantes e especialistas, para o apoio à atuação e autonomia destes dentro da escola.
Além disso, foram exigidas reuniões bimestrais da AMES-BH com a Secretária para que se discuta a situação da educação no estado.
O principal ponto foi sobre o meio passe no transporte coletivo. Foram apresentadas diversas críticas, principalmente sobre o baixo investimento no direito, e enfatizado que hoje é grande a evasão escolar pela falta de políticas públicas para a juventude no transporte coletivo. Apesar de dizer várias vezes que a medida é necessária, a Secretária alegou que no momento o Governo do Estado não tem condições de garantir o investimento no meio passe para todos os estudantes.
Enquanto isso, os gastos do Governo com propagandas e empresas privadas vem aumentando, e o investimento na educação só diminui. Um exemplo foi no momento em que os estudantes declararam seu apoio à greve dos professores pelo piso salarial, e Gazzola afirmou que, enquanto houver luta dos professores pelos seus direitos através da greve, o Governo não negociará e, no caso do retorno à greve em agosto, o salário dos professores que pararam não será garantido.
Precisamos agora nos manter firmes, cobrar as atividades propostas na reunião e exigir o direito do meio passe no transporte coletivo e a valorização dos profissionais da educação. A melhor forma de fazer isso é indo à luta, mostrando a força dos estudantes a cada dia. Por isso, chamamos todos os estudantes a participarem da AMES-BH, construir e fortalecer o Grêmio em sua escola.
PARTICIPE DAS CENTRALIZAÇÕES DA AMES-BH!
Elas acontecem todos os dias, às 13h, na sede da entidade (R. da Bahia, 573, sala 304)
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Para Anastasia, educação deve ser tratada com cavalaria e gás de pimenta

Mais de mil pessoas - profissionais da educação, coordenados pelo Sindicato Único dos Trabalhadores em Educação de Minas Gerais (Sind-UTE/MG) e trabalhadores da saúde, coordenados pelo Sindicato Único dos Trabalhadores da saúde (Sind-Saúde) e integrantes da Associação Metropolitana dos Estudantes Secundaristas da Grande Belo Horizonte (Ames-BH) realizaram na tarde do dia 12/7, manifestação na Cidade Administrativa, em Belo Horizonte.
As categorias foram recebidas pelo Batalhão de Choque e Cavalaria da Polícia Militar. Várias pessoas foram atingidas por grande quantidade de gás de pimenta durante a manifestação.
Paralelamente à manifestação, o Governo realizou reunião do Comitê Sindical. O Sind-UTE/MG, Sind-Saúde e o SindPol foram proibidos de participar. O Sindfisco-MG, em solidariedade às categorias em greve e diante da proibição da participação dos sindicatos em greve, se retirou da reunião. Foi a única entidade a tomar esta decisão.
Em outras regiões do estado também ocorreram manifestações como em João Monlevade e Unaí.