Os
professores das instituições federais de ensino superior estão em greve desde o
dia 17 de maio, em defesa de melhores salários e condições de trabalho. São
mais de 50 instituições paralisadas, e outras 4 com indicativo. Até mesmo
instituições que não entravam em greve a muitos anos, agora aderem à
paralisação (a exemplo da UFRJ). Os técnicos administrativos também se preparam
para cruzar os braços a partir do dia 11. As reivindicações são: Carreira única com incorporação das gratificações em 13
níveis remuneratórios, variação de 5% entre níveis e percentuais de acréscimo
relativos à titulação e ao regime de trabalho.
A paralisação é resultado do descaso total do Governo Federal com
a categoria: Em 2011, foi apresentado pelo
Governo um projeto que proibia o aumento dos salários e os concursos
públicos durante 10 anos, além de seguidos cortes de verbas e outros projetos
que sucateavam a educação. Os
professores cruzaram os braços durante os mais de 3 meses de greve nacional,
que envolveu as redes federal e estadual em diversos estados. Durante esse tempo, a tentativa do
Governo de colocar a sociedade contra os professores também não deu certo: foram
diversas manifestações de estudantes e outras categorias em defesa do movimento.
Após muita pressão, o governo aceitou chegar a um acordo com os professores,
que em linhas gerais consistia em um reajuste sobre o vencimento e as
gratificações da categoria, que somava cerca de 4%. Parecia ser o resultado da
luta enfim nas mãos dos trabalhadores.
Mas como se sabe, na sociedade em que vivemos a
educação pública está sendo cada vez mais precarizada para garantir os lucros
dos donos das instituições privadas, os tubarões do ensino. E assim como o
Governo Estadual fez com os professores da rede, que ano passado também
estiveram em greve, o Governo Federal não aplicou as medidas do acordo feito
com os trabalhadores, e lançou um Projeto de Lei totalmente diferente. Além
disso, nesse ano já foram anunciados mais cortes na educação e outras áreas
sociais.
Isso só mostra a necessidade de aumentar ainda mais as
mobilizações. É por isso que a AMES-BH apoia a greve dos professores a convoca
todos os estudantes e grêmios estudantis a irem as ruas em defesa da
valorização dos trabalhadores em educação!
O PROFESSOR É MEU AMIGO! MEXEU COM ELE, MEXEU COMIGO!