Recentemente toda a população de Belo Horizonte foi surpreendida por mais um aumento abusivo das passagens no transporte coletivo na capital e região metropolitana. O reajuste pegou toda a população de surpresa, pois neste período ocorrem as festividades de fim de ano onde todos estão afastados da rotina do transporte público e com isso, de seus reajustes. Isso é uma política organizada da máfia do transporte coletivo juntamente ao poder público, para evitar manifestações e protestos contra esses assaltos aos bolsos dos trabalhadores e jovens. Ou seja, querem que isso seja algo incontestável para os usuários.
O maior absurdo é a conciliação do poder publico com essa manobra, pois a PBH, BHTRANS e Câmara Municipal nem se quer se manifestaram em contestar o reajuste. Pelo contrário, abaixam a cabeça e aceitam de força bastante passiva. Vale lembrar que este aumento foi acima da inflação, o que o torna injustificável, pois até mesmo o velho argumento do preço do combustível antes usado pela máfia é contraditório observando a queda do valor dos barris de petróleo.
A maior contradição é se avaliarmos a questão custo/qualidade, pois o serviço prestado á população é caótico. Diariamente passamos por atrasos, ônibus super lotados e até mesmo ônibus em péssima qualidade com veículos velhos e quebrados. Tudo isso só nos mostra que o compromisso das empresas de ônibus é apenas com seu lucro e não com o usuário.
Mas isso ocorre principalmente pela omissão do poder publico, deixando a administração desse serviço publico fundamental na vida das cidades, nas mãos de empresas privadas que já demonstram a incapacidade de administrar esse serviço.
Recentemente, garantimos uma conquista histórica na capital, o meio passe estudantil. Essa conquista não se relaciona com o aumento das passagens. O poder público é tão defensivo em relação aos grandes tubarões do transporte, que nem ao menos contesta os seus lucros e tira uma parte da imensa quantia para a garantia e manutenção do meio passe.
Não podemos nos omitir com essa injustiça, é necessário ocupar as ruas contestando essa lógica do transporte público, exigindo o imediato congelamento dos preços das passagens e a estatização do transporte coletivo entendendo que transporte, é uma necessidade básica da população e que este não deve ficar não mãos de uma máfia que só pensa em aumentar suas riquezas.
Por isso a AMES-BH convoca toda a população para que em fevereiro façamos uma grande jornada de lutas pela garantia do meio passe estudantil, a revisão e o congelamento das passagens.
Gladson Reis
Presidente da AMES-BH
Diretor da UBES (Oposição – Rebele-se)
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