Recentemente, toda a população de Belo Horizonte e Região Metropolitana foi surpreendida por mais um aumento abusivo das passagens no transporte coletivo. O reajuste ocorreu no período das festividades de fim de ano, quando todos estão afastados da rotina do transporte público e com isso, de seus reajustes. Isso é uma política organizada da máfia do transporte coletivo juntamente ao poder público, para evitar manifestações e protestos contra esses assaltos aos bolsos dos trabalhadores e jovens. Ou seja, querem que isso seja algo incontestável para os usuários.
O maior absurdo é a conciliação do poder público com essa manobra, pois a prefeitura, BHTRANS e Câmara Municipal nem se quer contestaram o reajuste. Pelo contrário, abaixam a cabeça e aceitam de forma bastante passiva. Vale lembrar que este aumento foi acima da inflação, o que o torna injustificável, porque até mesmo o argumento de ter mais gastos com os trabalhadores do transporte coletivo não é valido, pois os rodoviários não tiveram nenhum centavo de aumento salarial.
O serviço prestado à população pelos empresários do transporte coletivo é caótico. Diariamente passamos por atrasos, ônibus super lotados e também em péssima qualidade, velhos e quebrados. Tudo isso só nos mostra que o compromisso das empresas de ônibus é apenas com seu lucro e não com o usuário.
Isso ocorre pela omissão do poder público, que deixa a administração desse serviço fundamental nas mãos de empresas privadas que já demonstram a incapacidade de administrar esse serviço visando apenas o lucro.
A sede de lucro da máfia do transporte coletivo gera um quadro de grandes desigualdades na cidade, pois enquanto os empresários lucram milhões por dia, uma grande parte da população não consegue ter acesso ao serviço de transporte. Segundo o IBGE, 30% da população nas capitais não utiliza o transporte por não ter dinheiro para pagar as passagens.
Recentemente, garantimos uma conquista histórica na capital, o meio passe estudantil. Essa conquista foi arrancada pelo movimento estudantil em uma luta histórica e não se relaciona com o aumento das passagens. O poder público é tão submisso em relação aos grandes tubarões do transporte que nem ao menos contesta os seus lucros para garantir o financiamento do meio passe.
Não podemos nos omitir com essa injustiça, devemos seguir o exemplo dos estudantes de todo o país que estão lutando pela redução do preço da tarifa dos ônibus, como em Teresina-PI e Vitória-ES, pois só lutando que se conquista. Por isso, convocamos toda a população, trabalhadores, estudantes, mulheres e jovens para participar dessa luta e conquistar um transporte público mais justo para o povo!
No dia 19 de janeiro às 16 horas na Praça 7 - Ato contra o AUMENTO DAS PASSAGENS!
ABAIXO A MÁFIA DO TRANSPORTE
PELA ESTATIZAÇÃO DO TRANSPORTE COLETIVO
PELA REDUÇÃO DAS TARIFAS DO TRANSPORTE COLETIVO EM BH E REGIÃO METROPOLITANA
IMPLEMENTAÇÃO IMEDIATA DA LEI DO MEIO PASSE
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