sexta-feira, 26 de novembro de 2010



Enem não resolve exclusão de estudantes da universidade

O Ministério da Educação vem tentando convencer todas as universidades públicas a abandonarem o anterior formato do vestibular, tecnicista e focado na memorização de fórmulas, pelo formato de concorrência do ENEM. O MEC não se propõe, no entanto, a acabar com a exclusão da juventude da universidade pública. Os 3,3 milhões de estudantes que realizaram a prova do ENEM concorrem apenas a 100 mil vagas do Prouni e pouco mais de 200 mil vagas em universidades públicas. Ou seja, na melhor das hipóteses, 3 milhões de estudantes ficarão excluídos da universidades no ano de 2011.
Estudantes protestam contra o ENEM em Recife

UJR: livre acesso à universidade pública

Mais de três milhões e trezentos mil estudantes fizeram a prova do Exame Nacional do Ensino Médio (ENEM) nos dias 6 e 7 de novembro deste ano e se depararam, mais uma vez, com a frustração e a decepção com a aplicação e organização desta prova em todo país.

O Ministério da Educação vem tentando convencer todas as universidades públicas a abandonarem o anterior formato do vestibular, tecnicista e focado na memorização de fórmulas, pelo formato de concorrência do ENEM. O MEC não se propõe, no entanto, a acabar com a exclusão da juventude da universidade pública. Os 3,3 milhões de estudantes que realizaram a prova do ENEM concorrem apenas a 100 mil vagas do Prouni e pouco mais de 200 mil vagas em universidades públicas. Ou seja, na melhor das hipóteses, 3 milhões de estudantes ficarão excluídos da universidades no ano de 2011.

Os dados sobre a exclusão da juventude do ensino superior são realmente impressionantes. Apenas 15% dos jovens conseguem ingressar nas universidades e, desses, 75% pagam mensalidades em universidades privadas para continuarem estudando.

Não bastasse toda a pressão por participar de uma concorrência difícil e injusta como essa, milhares de estudantes enfrentaram provas impressas erradamente, confusões nos locais de prova e suspeitas de fraude no processo. Dentre as várias causas desses problemas, a principal está na contratação de empresas privadas que detêm o controle da impressão e contratação de pessoal para a realização da prova.

Com a divulgação dos casos e as respostas vazias e insuficientes por parte do governo, têm crescido a indignação e a insegurança de estudantes de diferentes estados para com o exame.

A União da Juventude Rebelião (UJR) convoca os estudantes a transformarem essa indignação em ação na defesa do livre acesso à universidade e do direito à educação. A UJR defende ainda que todos os estudantes prejudicados com a má realização do exame tenham direito a fazer uma nova prova tendo garantidas as condições de igualdade nas questões.

Defendemos o livre acesso ao ensino superior com investimento público em educação pública! A luta é o caminho para a conquista dos direitos da juventude!

União da Juventude Rebelião - UJR Coordenação Nacional

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